segunda-feira, 24 de agosto de 2009
vídeo NO LOGO
O video acima, trata de um "preview" da autora sobre o livro - No logo, ou Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido, de Naomi Klein que é uma crítica a globalização. Pensando em aumentar o lucro na venda de produtos, mega empresas passam a explorar da mão-de-obra barata de outros países sem pensar nos direitos humanos e trabalhistas.
Sem logo
Apostando no poder da marca, corporações investem na criação de imagens. Movimentos de reação surgem em todo mundo e os logos se tornam seu principal alvo.
Susana Dias
Tênis, roupas, refrigerantes, sanduíches, sementes, brinquedos, computadores e combustíveis. Em meados da década de 80, essas mercadorias se transformaram em simples objetos, sem valor para o mundo dos negócios. As grandes corporações mudaram a estratégia e passaram de um negócio de produtos para um negócio de imagens. Empresas como Nike, Levi's, Coca-Cola, McDonald's, Monsanto, Disney, Microsoft e Shell apostaram na criação de uma mitologia corporativa poderosa o bastante para infundir significados aos seus produtos apenas assinalando-os com seu nome. Deixaram de vender apenas coisas, para vender sonhos, idéias, conceitos e estilos de vida. A estratégia deu certo e a febre da marca se alastrou deixando doentes muitos consumidores, que passaram até a cultuar os logos, tatuando-os em seus corpos e tornando suas vidas, literalmente, “marcadas”.
É esse novo cenário do bussiness moderno que a jornalista canadense Naomi Klein busca mapear em Sem logo: a tirania das marcas em um planeta vendido. A autora mostra como a opção das multinacionais resultou em uma nova conformação do processo produtivo, “mais leve” para as empresas, que gerou o fechamento de fábricas no chamado primeiro mundo e a terceirização da produção em países que of
erecem amplas vantagens fiscais e mão-de-obra barata, como Filipinas, Honduras, Haiti, Indonésia e China.
Livres da produção dos produtos, as corporações passaram a investir na criação das imagens de sucesso e levantaram verdadeiros impérios da marca. As propagandas tomaram proporções nunca vistas, ocupando ônibus, escolas, universidades, até cidades inteiras. Cresceram assustadoramente os espaços onde apenas as propagandas comerciais são permitidas, como shoppings e superlojas. Além disso, passaram a usar uma fórmula de marketing considerada infalível: manter os trabalhadores ignorantes sobre o que produzem e os consumidores protegidos dos aspectos que envolvem a produção das marcas que compram.
Para ler este texto inteiro acesse http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=11&tipo=resenha .
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Assim como o livro No Logo, o Mundo é Plano, de Thomas Friedman, também no envolve na questão da terceirização de serviços para países em desenvolvimento, como a Índia, e como isso está mudando as relações econômicas e sociais no planeta.
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